Estresse pós traumático: as marcas invisíveis da violência
Notícias de crimes e agressões fazem parte do nosso cotidiano. Mesmo adotando comportamentos ditos seguros, não há quem não tenha um momento de risco para contar.
Só quem já sofreu na pele ou presenciou a violência, seja um furto de celular, um assalto a mão armada, um sequestro ou estupro, sabe o trauma que isso significa, e como é difícil readquirir a estabilidade emocional. Sem querer, o comportamento muda: surgem flashbacks, insônia, irritabilidade, hipervigilância, pensamentos negativos. Os amigos e a família não entendem por que o tempo não cura essa ferida, e a vítima passa a evitar falar. Assim o agravamento dos sintomas não tarda, surgindo na forma de doenças psicossomáticas, transtornos de personalidade, alcoolismo e outros, o que exige intervenção.
Técnicas da Psicologia Cognitivo-Comportamental baseadas na reestruturação cognitiva e no relaxamento têm apresentado bons resultados nestes casos. Seu propósito é o desenvolvimento de competências de assertividade, a dessensibilização dos traumas e o redirecionamento positivo dos pensamentos e da expressão de emoções, atuando, assim, no fortalecimento da auto confiança e do senso de confiança no futuro.
Mas se o seu caso é exposição ao estresse das notícias, vale compartilhar uma dica útil que se aplica a todos, e que você pode praticar desde já:
– Ao final de cada dia, faça uma revisão positiva de tudo que aconteceu. Concentre-se e revisite os bons momentos que experimentou. Assim você estará ensinando seu cérebro a transferir parte do monitoramento fatores de risco para aqueles que constituem o bem estar do viver. Você se surpreenderá ao ver que estes últimos são bem mais numerosos do que você imagina. E como isto mudará sua disposição emocional….